...Quem eu era antes de conhecer Jesus - parte 3

Como se não bastasse, para a minha vergonha, eu tive um relacionamento a distância com uma pessoa pela internet,  2 anos antes do meu processo de conversão. Como ele não estava perto, eu me comportava como se fôssemos namorados, não saía, não ficava com ninguém e não fazia nada. Assim, aparentemente era fácil largar a vida errada, já que eu não fazia nada de errado. Mas eu fazia. Alimentei essa coisa doentia por quase 4 anos, mas dentro da igreja me libertei disso, após a Fogueira Santa.

Além de toda a atenção recebida do pastor que me ajudou, comecei a ter uma vida mais próxima de Deus, e me sentia feliz. Me batizei nas águas, me tornei dizimista, e tudo que tinha que ser feito eu fazia. Eu me sentia, mas não era feliz. Me envolvi mais com as coisas de Deus, ía a igreja, me colocava a disposição para ajudar nos trabalhos, e foi durante a limpeza da igreja que acontecia nas sextas-feiras que eu me sentia útil para Deus. Fazíamos tudo em espírito, os evangelistas e obreiros, embora eu não conversasse com ninguém além do pastor. Mas fiz amizade com uma moça que estava em um estágio espiritual no mesmo nível que o meu, porém, ela era bem mais nova.

Minha mãe continuava indo a igreja. As coisas foram melhorando, tudo se ajeitou na minha vida.  Eu, que cheguei na igreja desanimada, machucada, desempregada e com poucas expectativas. Mas Ele me honrou pela minha fé. Voltei a estudar, desta vez Bacharel em Administração, ganhei uma bolsa de 100%,  e comecei um trabalho ótimo que não me atrapalhava em nada, em frente a faculdade, como secretária.
Mas eu tinha um chamado. Chamado esse que me incomodava, pois eu não queria obedecer a voz de Deus. Ele esperava mais de mim, esperava um compromisso com a Sua Obra, mas eu não me sentia capaz e nem preparada para isso, e nem queria me preparar. No fundo eu queria, mas tinha medo de errar com Deus. Mas era inevitável fugir a cada coisa que Deus me pedia, pois tudo o que eu fazia para Ele me fazia feliz.
Até que o próprio pastor tocou no assunto, perguntando se eu não gostaria de ser obreira, e eu até dizia que queria, mas era para não contrariá-lo.

Chegou época de Fogueira Santa, a minha primeira. Decidi participar e sacrificar meu computador no Altar, foi meu primeiro sacrifício. E que sacrifício! Não foi nada fácil. Mas foi com esse sacrifício que a libertação, e a conversão aconteceu. Passei por um deserto, por causa da minha mãe, que foi contra o que eu fiz. Isso mesmo, a minha mãe, que buscou por mim na igreja e foi atendida. Ela não era convertida de fato, era contra a Fogueira Santa, e não era liberta, e o mal se levantou com tudo contra mim, por causa do meu sacrifício. Mas eu tinha certeza dentro de mim que esse sacrifício agradaria a Deus, era o meu segundo boi, na Fogueira Santa de Gideão. Meu pai nem tinha terminado de pagar ainda e eu usava o pc todos os dias, sempre gostei de informática e tecnologia, por isso foi um sacrifício pra mim.

Em uma sexta-feira, eu não iria na igreja, ía quase todos os dias, mas minha mãe começou a brigar comigo por causa do meu sacrifício, de uma forma como nunca antes, com gritos e expressões horríveis, foi impossível ficar em casa, e a reunião já deveria estar na metade, mas eu tive que sair de perto da minha mãe. Ela manifestou por causa do sacrifício! Nunca tinha visto ela assim, tão brava, saí chorando, e fui para a igreja. Quando cheguei lá, tocava a música "Deus me levanta", e eu fechei os olhos e comecei a buscar na reunião, e logo me entreguei para Deus dizendo: "tudo bem Senhor, eu nao vou mais resistir ao  meu chamado, faça o que quiser de mim e da minha vida, eu me entrego 100% pro Senhor, eu não quero mais a minha vontade e sim a Tua, se o Senhor quer que eu faça a Obra eu vou fazer, se é isso que eu preciso para derrotar aquilo que está na minha mãe, e ajudar as pessoas, eu abro mão do meu querer! Controla a minha vida! Eu me rendo!" 

Um peso saiu de mim, pois eu fui mesmo muito sincera, me entreguei naquele dia , e uma imensa certeza da melhor escolha que eu fiz, em toda a minha vida, veio em meu coração naquele momento, e eu esqueci de tudo! Era como se o Senhor estivesse ali comigo, feliz com a minha decisão e me dizendo que ía tomar conta de tudo e que tudo ía ficar bem. E Ele estava ali, e ficou tudo bem, neste dia, tive o meu encontro com Deus, e eu nunca mais senti o desejo de olhar para trás. Eu queria cada dia mais de Deus.
Sacrifiquei então meu pc. Meses depois, o pastor que para mim era um amigo, foi embora. Continuei firme, fui consagrada a evangelista, pois queria que todos conhecessem o Deus que me tirou do sofrimento e de uma vida errada. Em seguida, comecei a buscar o Espírito Santo com todas as minhas forças, e depois de deixar um velho hábito que me afastava de Deus - (um jogo de RPG chamado Tribal Wars, a qual eu ficava por muito tempo, no meu trabalho acessando), Deus me honrou. Os frutos do Espírito Santo em mim eram visíveis, mas eu não era selada.
Eu me humilhei, jejuei 40 dias, em um propósito de uma alimentação por dia, caminhava até a entrada da cidade todos os dias, em propósito pelo batismo com o Espírito Santo com o pastor e 4 membros que queriam o batismo também.
Eu desejava o Espírito Santo de todo o meu coração, pois quando eu evangelizava, não pudia impor as mão com autoridade sobre as pessoas, e isso me incomodava muito. Minha vida era trabalhar, estudar e fazer as coisas para o meu Senhor: era responsável pela Força Jovem da minha Iurd, auxiliava com os propósitos, evangelizava, cuidava da igreja. Queria fazer mais pelas almas. Me faltava unção. Eu provei a Deus que queria o Espírito Santo e Ele viu a minha sinceridade e me honrou. 
CONTINUA...


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