Por 50 centavos.

Era sábado à noite. Melissa, de quatro anos, observava a mãe, Ana, sentada na cozinha, com a bolsa no colo. Ana procurou em todos os compartimentos da bolsa e então, pela segunda vez, despejou seu conteúdo sobre a mesa. Talvez alguma moeda houvesse caído para dentro do forro da bolsa e ela não a tivesse visto. Mas não havia nada ali. Por fim, ela disse a Melissa que talvez não pudessem ir à igreja na manhã seguinte, domingo, pois não havia dinheiro para a passagem.

Melissa estava sentada no chão, aos pés de Ana e não gostou de pensar que não poderiam ir à igreja. Afinal de contas, elas estavam prontas. O cabelo havia sido lavado com xampu e penteado, e elas já sabiam que roupa iam vestir. Olhando para o rosto da mãe, viu que ela estava igualmente desapontada. Ela se surpreendeu ao ver que um adulto podia se sentir tão mal quanto ela. Mas sabia que, para as duas, o ponto alto da semana era o Santo Culto de domingo – e agora parecia que teriam que ficar em casa. Ir caminhando até a igreja estava fora de cogitação pois ficava a quilômetros de distância. Ana acreditava que, se tão somente pudessem chegar lá, alguém faria a gentileza de levá-las para casa. Tudo de que precisavam era de uma moeda para a passagem.

Durante toda aquela semana, enquanto brincava na cozinha, Melissa havia notado uma coisa elevada sob a extremidade do tapete, perto da porta. Tivera a intenção de olhar embaixo, para descobrir o que causava aquela protuberância, mas por alguma razão não olhara – até aquele momento. Então algo lhe chamou a atenção: Ali estava aquele altinho. Ela foi até lá e levantou o tapete.

Ali, para sua alegria, encontrou uma moeda de cinquenta centavos! Ela correu até Ana e mostrou a moeda. O rosto de Ana iluminou-se com um sorriso. “Nós vamos à igreja amanhã!” anunciou. O que lhes faltava eram exatamente cinquenta centavos.

Ninguém soube como uma moeda de dez centavos entrara embaixo do tapete, mas ela estava ali, esperando. Incidentes como esse produzem fé em crianças pequenas, permitindo que saibam que Deus se interessa pelos menores detalhes da vida daqueles que desejam agradá-Lo.

“E será que, antes que clamem, Eu responderei”. (Isaías 65:24)